Olá, essa é uma história que eu criei !!
“Nunca é fácil se mudar, para todos isso é uma grande perda,
mudar de cidade, de colégio, de vida... Bom, eu morei em São Paulo desde que
nasci, sempre gostei de lá, é uma cidade fantástica, eu queria nunca ter saído
de lá.
Meus pais passaram por uma crise financeira, e isso fazia
com que a casa ficasse com um tom triste até que um dia enquanto meu pai estava
jantando, fez uma careta, se levantou, e disse: “Vamos nos mudar!”. É claro que
negamos, porém após analisar os fatos, percebemos que essa era a melhor
escolha. Ele disse para eu pesquisar anúncios e propagandas de casas a venda no
interior de São Paulo, e assim fiz, dei o meu melhor e encontrei uma casa
moderna e em ótimas condições por apenas
R$ 200.000,00. Ele aceitou imediatamente e foi falar com o proprietário,
dividiu a casa em 16 prestações.
Uma semana depois nos mudamos para lá, a casa estava em
perfeito estado, era uma casa de dois andares com quatro suítes (três em cima e
duas em baixo), mais um quarto, um banheiro, uma cozinha e duas salas. A escada
era feita de um tipo de granito preto, havia um quadro de um jarro de flores, e
uma lâmpada de luz negra que dava um aspecto sombrio à casa, de certa forma
gostei. Mas logo no final da escada podia se ver uma pintura negra com o
desenho de uma árvore com folhas e flores caindo e um corvo de costas em um dos
galhos, isso me fez sentir inconfortável, eu sentia algo muito obscuro sempre que subia as escadas para
ir ao meu quarto.
Ah, e esqueci-me de dizer, havia uma piscina! Mas, não
usávamos muito ela pois era muito fria e mal conseguíamos colocar os pés nela.
Também tinha um jardim em volta da piscina. Eu gostava de passar a tarde ali,
sentado em um pequeno banco em volta das palmeiras, ficar observando a piscina,
as flores, as plantas, era muito agradável.
Um dia, após as aulas
cheguei em casa e fui direto para o meu quarto, tentando não olhar para o
corvo. Joguei-me na cama e adormeci algumas horas e depois acordei, e... Já
estava escuro, pelo menos parecia, havia um brilho vermelho forte vindo da
janela, e o meu quarto parecia meio distorcido,
abri a porta do meu quarto, a casa inteira estava fortemente iluminada por
aquela luz vermelha, fui até a varanda, e descobri o que era a luz vermelha...
O céu estava totalmente vermelho e toda a vizinhança havia
se transformado em um deserto rubro, corri em direção ao meu quarto e quando
olhei a pintura da sala, percebi que o corvo havia sumido, fiquei paralisado por alguns segundos, até que um garotinho que aparentava ter uns 6
anos pegou minha mão, segurou-a com força e me levou até meu quarto.
Eu lhe perguntei: “Esse quarto era seu?”
Ele ignorou, pegou uma faca de cozinha que estava em cima de
minha mesa e fez um desenho na parede. Então tudo ficou negro e estranho, o chão estremeceu e eu comecei
a cair em um buraco que parecia não ter fim, segundos depois acordei na minha
cama, eu estava suando, ainda era dia e minha mãe estava batendo na porta do
meu quarto e chamando pelo meu nome. Me levantei da cama e me perguntei: “Foi um sonho?”. Mas logo tive minha
resposta.
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